Fundação Juegaterapia e Disney unidas para apoiar crianças com cancro do IPO de Lisboa

A Fundação Juegaterapia, instituição solidária que apoia crianças em tratamento oncológico através da brincadeira, e a Disney lançaram os Baby Pelón Princesas Disney bonecos inspirados nas Princesas Disney e cujas receitas das vendas revertem para a construção de uma sala de cinema no Serviço de Pediatria do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO de Lisboa), à semelhança do que já aconteceu no Hospital de Almería (Espanha).

Os Baby Pelones são uma coleção de 22 bonecos bebés criados pela Fundação Juegaterapia como símbolo do apoio da instituição às crianças com doenças oncológicas. Os Baby Pelones são inspirados nas crianças que lutam contra o cancro e todos os bonecos têm um lenço na cabeça, em sua homenagem. Estes simpáticos bonecos custam 14,95€ e podem ser comprados em Portugal, no El Corte Inglés, Toys R’Us, Gocco e também online na Amazon, Women`s Secret e Juguetilandia.

Embora ainda seja cedo para se falar em números de vendas dos bonecos, a diretora de Marketing da Fundação Juegaterapia, Anna Rubau, disse, em entrevista à Marketeer, que estão muito satisfeitos com a resposta dos distribuidores. Anna Rubau deixou ainda o apelo: se alguma loja estiver interessada em colaborar, pode contactar a fundação através do e-mail hola@juegaterapia.org.

Campanha retrata as crianças como princesas da Disney

O lançamento do novo Baby Pelón Princesas Disney é apoiado por uma campanha de sensibilização que procura destacar as singularidades das crianças com doença oncológica: valentia, força, audácia, sensibilidade e originalidade é o que têm em comum as Princesas Disney e a Sofia, a Corina, a Maria, a Iria, a Carla, a Daniela e a Lúcia, meninas atualmente em tratamento. Através da história destas crianças e da imagem das ‘Princesas’, fornecida pela Disney, a Fundação Juegaterapia pretende sublinhar a coragem e a força de espírito dos milhares de crianças que todos os anos são diagnosticadas com cancro.

Fotografia DR

O elemento visual da campanha é um espelho em que estas meninas se olham, se reconhecem na sua imagem sem cabelo e, não só se aceitam, como afirmam o quão corajosas e fortes são, tal como todas as princesas Disney. As princesas Disney partilham valores com as crianças com doenças oncológicas e são um reflexo das suas qualidades e de como potenciá-las: são valentes, guerreiras, resilientes.

“O conceito é baseado em histórias reais”, diz Mónica Esteban, presidente da Fundação Juegaterapia. “As famílias dizem-nos como é difícil quando o cabelo dos seus filhos cai, especialmente no caso das raparigas. Afeta o seu humor e também a sua recuperação, pelo que quisemos fazer algo para inverter a situação. Desejamos mudar a história”.

Para Filomena Pereira, a diretora do Serviço de Pediatria do IPO de Lisboa que lida diariamente com estas “histórias reais”, “a brincadeira é a atividade mais séria que existe. Não há nela lugar para o engano e para a dissimulação; antes para o encorajamento, a entrega e a expressão da realidade interior. A brincar reciclamos as emoções e a necessidade de conhecer e reinventar o mundo, a nós mesmos e a nossa relação com ele”, refere.

Desde o seu lançamento, em 2014, já foram vendidos aproximadamente milhão e meio de Baby Pelones. As receitas das vendas dos Baby Pelones revertem para o desenvolvimento de vários projetos de humanização nos hospitais onde as crianças recebem tratamento. Sob o lema “a quimioterapia a brincar passa a voar”, a Fundação Juegaterapia tem como propósito tornar estas crianças mais felizes durante todo o percurso do tratamento e da doença, promovendo a construção de espaços lúdicos, brincadeiras e outras atividades que as ajudem a esquecer, tanto quanto possível, a doença e a recuperar.

Ciência estuda brincadeira no combate ao cancro infantil

Um estudo científico promovido pela Fundação Juegaterapia e realizado no Hospital La Paz, em Madrid, demonstrou que as crianças submetidas a tratamentos de quimioterapia sentem menos dores quando brincam com consolas de videojogos.

Segundo o estudo, divulgado em janeiro de 2021, a escala de dor reduz, em média, 14% e as doses de morfina administradas caem 20%. Além disso, o sistema parassimpático, que é responsável pela recuperação do corpo, é ativado em 14%. A principal conclusão deste estudo é que a utilização de jogos de vídeo favorece o bem-estar destas crianças.

Fonte: press release/Marketeer

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