Teste genético mais eficaz no diagnóstico de cancro pediátrico

Cientistas do Centro Princesa Máxima, nos Países Baixos, descobriram, numa investigação publicada na revista JCO Precision Oncology, que uma análise de todo o ARN tumoral capta mais alterações genéticas em crianças com cancro do que os métodos tradicionais de diagnóstico.

Durante o estudo, foi comparada a eficácia da sequenciação do ARN com métodos tradicionais, que permitem pesquisar especificamente o ADN e o ARN em busca de alterações genéticas. Foram analisadas amostras de tecido de 244 crianças com suspeita de cancro.

A investigação teve como foco a recolha dos genes de fusão, uma espécie de falha genética em que dois genes separados juntos formam um gene novo e defeituoso. Estes genes encontram-se em muitos cancros e podem muitas vezes influenciar as decisões de tratamento.

Foi utilizada a sequência de ARN para escolher um total de 78 genes de fusão, ou seja, de 23 a 40% mais do que os encontrados utilizando técnicas tradicionais. Os métodos tradicionais encontraram 55 genes de fusão, mas, muitas vezes, apenas um dos dois genes foi retirado da fusão, quando a informação de ambos pode ser importante para o diagnóstico ou tratamento.

Os dados mostraram que uma análise ao ARN tumoral inteiro é mais sensível a falhas genéticas no cancro pediátrico. Os investigadores esperam agora que o teste de ARN venha a substituir os vários métodos tradicionais de deteção de cancro em idade pediátrica.

Fonte: Eurekalert

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