Uma pandemia global, como aquela que estamos a atravessar, é um evento único na vida de qualquer pessoa. Mas, para uma família australiana, a COVID-19 veio dificultar ainda mais a sua vida, já abalada por um diagnóstico de cancro infantil.
Kadi é a típica menina de 11 anos; uma jovem que adora pintar as unhas, fazer videochamadas com os seus amigos e viajar de carro com os seus tios.
Em abril de 2019, Kadi foi diagnosticada com um osteossarcoma de alto grau, um tipo raro de cancro ósseo que, de forma frequente, se desenvolve nos ossos dos membros. No total, foram 28 semanas a receber tratamento quimioterápico e uma cirurgia que resultou na amputação de um pé.
Cerca de 6 meses depois, Kadi entrou em remissão.
A família ficou eufórica, mas, infelizmente, no início do verão de 2020, os médicos descobriram uma recidiva: foram encontrados tumores na pélvis e nos gânglios linfáticos de Kadi.
Mais uma vez, e depois de uma dura e debilitante batalha, Kadi volta a lutar contra um cancro, desta vez durante uma pandemia global, algo que é uma “preocupação constante” para a sua mãe, Sarah Klein.
“Eu sei no hospital que ela está segura, mas sempre que saímos de lá eu penso: ‘E agora? Quão segura está a minha filha fora do hospital?’”.
Por esses motivos, a família está a tomar todas as precauções possíveis.
“Reduzimos os locais que a Kadi pode frequentar, usamos sempre máscara e temos muito cuidado com as visitas que ela recebe. Mas há sempre aquele pensamento de medo a pairar por cima de nós. ‘E se a Kadi ficar infetada? E se algo correr mal?’”.
Atualmente, Kadi passa a maior parte dos seus dias no hospital, entre tratamentos e testes de despiste à COVID-19.
Desta vez, não é só a dor física que Kadi tem que aguentar.
“A minha filha sofre muito por não podermos estar todos com ela. Temos que manter a distância e isso é algo que a afeta muito. Sempre foi muito importante, para o bem-estar emocional dela, nós estarmos todos juntos, e agora isso não é possível”.
Atualmente, as normas de segurança só permitem que uma pessoa esteja permanentemente com Kadi.
“É muito complicado, mas é o que tem de ser feito. Se isso fizer com que a nossa menina fique saudável, então terá valido a pena”.
Fonte: WQOW