Vírus em África na origem da elevada prevalência de um tipo de linfoma

A prevalência de linfoma de Burkitt (tipo de tumor com origem no sistema linfático) em crianças, em África, tem aumentado ao longo dos últimos anos. Este tipo de tumor é provocado por uma infeção que se manifesta por inchaços faciais que muitas vezes crescem o suficiente para sufocar e matar. 
Atualmente, a enfermaria pediátrica do Instituto do Cancro no Uganda está repleta de crianças que sofrem com o linfoma de Burkitt, o tipo de cancro infantil mais comum na África Central.
A doença está associada a um vírus chamado Epstein-Barr, que causa também a  mononucleose ou febre glandular. No caso do linfoma de Burkitt, o vírus Epstein-Barr infeta as células do sistema imunológico, designadas por células B, e promove o seu crescimento descontrolado.
Os cientistas alertam que a elevada prevalência deste tipo de cancro em África deve-se, sobretudo, à falta de saneamento nos países em desenvolvimento, que se reflete numa maior exposição a germes. 
Perante estes factos, cientistas do Centro de Pesquisa em Cancro Fred Hutchinson, nos Estados Unidos, procuram agora determinar quanto tempo o cancro demora a desenvolver-se depois da criança estar infetada com o vírus.
Larry Corey, diretor do centro, sublinha que o trabalho tem um único objetivo, ou seja, perceber se é possível intervir e alterar o desenvolvimento subjacente de cancro, “atacando o vírus”.
Este artigo foi úlil para si?
SimNão

Deixe um comentário

Newsletter