Variação genética pode antever maior agressividade de tumores pediátricos

Um estudo de cientistas na Suécia descobriu um novo método para identificar os tumores mais agressivos na infância. O mecanismo avalia o grau de variação genética das células tumorais.
Os pesquisadores da Universidade de Lund estudaram o grau de variação genética entre as células (micro-variação), mas não a presença de mutações individuais, e descobriram que o método permite prever quais os pacientes em maior risco de sofrerem uma reincidência da doença.
Para o estudo foram avaliadas 44 crianças diagnosticadas com tumores de Wilms, o tipo mais comum de cancro nos rins na infância, previamente tratadas com sucesso com quimioterapia e que recuperaram, na grande maioria dos casos.
Num artigo publicado na Nature Communications, David Gisselsson Nord, autor do estudo e pesquisador de genética clínica da universidade, explica que “os tumores em crianças são geneticamente instáveis, e quanto maior a variação entre as células, mais agressivo o tumor”, por isso o novo método permite prever quais os pacientes em maior risco de recorrência da doença, usando apenas uma amostra de tecido com apenas alguns milímetros.
Nos próximos cinco anos, os investigadores esperam avançar para uma pesquisa mais ampla, a fim de avaliar todos os novos casos de tumores renais em crianças na Europa.
Se se confirmarem os resultados agora observados, os cientistas admitem que o grau de variação genética das células tumorais pode vir a ser usado como marcador para determinar a intensidade do tratamento necessário para salvar a vida de cada uma destas crianças.
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