Cientistas britânicos e norte-americanos já deram início a um ensaio clínico internacional para testar uma vacina concebida para tratar uma forma agressiva de cancro no cérebro, o glioblastoma.
A vacina personalizada DCVax foi concebida para ensinar o sistema imunológico do organismo a combater as células tumorais. Os ensaios clínicos vão decorrer em 50 hospitais, todos nos Estados Unidos, à exceção do Hospital Kings’s College, em Inglaterra.
O ensaio envolve pacientes com glioblastoma, a forma mais agressiva de tumor cerebral primário. Os pacientes que sofrem com esta doença têm, em média, 12 a 18 meses de sobrevivência.
Dois pequenos estudos norte-americanos anteriores que testaram a terapia DCVax, que utiliza células dendríticas – células imunitárias especializadas do sangue, para ensinar o organismo a reconhecer o tumor, descobriram que a vacina prolongava o tempo de sobrevivência por três anos, sem efeitos secundários tóxicos. No total, 20 pacientes integraram os testes e dois deles vivem há dez anos.
O líder do ensaio britânico, Keyoumars Ashkan, neurocirurgião do Hospital Kings’s College, sublinha a necessidade urgente de novos e melhores tratamentos para cancro no cérebro e reforça que os testes atuais, que envolverão 300 pacientes, são necessários para mostrar se o tratamento é realmente eficaz.
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