Universidade de Coimbra atinge marco na produção de radiofármaco para diagnóstico de doenças oncológicas 

A ICNAS Pharma, empresa da Universidade de Coimbra (UC), atingiu, no dia 14 de abril, um novo marco, ao realizar a produção número 5 000 do seu radiofármaco. Lançado em 2012, o radiofármaco FDG UC foi o primeiro radiofármaco português e também o primeiro medicamento lançado por uma universidade portuguesa. É o principal medicamento utilizado nos exames de Tomografia por Emissão de Positrões (PET) para o diagnóstico em oncologia e outras patologias. Este radiofármaco permite um diagnóstico dos diversos tipos de doença oncológica e beneficia doentes de todas as idades. 

“Antes da entrada em produção na ICNAS Pharma, a FDG, necessária para a realização dos exames PET no país, era importada de Espanha, com um custo anual de cerca de cinco milhões de euros. A produção nacional deste radiofármaco permitiu, assim, poupar ao país mais de 50 milhões de euros de importações, só neste radiofármaco, desde que passou a ser produzido pela ICNAS Pharma”, destaca o Diretor do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), Antero Abrunhosa.

Para o Reitor da Universidade de Coimbra e Diretor Técnico da ICNAS Pharma, Amílcar Falcão, “este volume de produção é um indicador inequívoco do sucesso da empresa e corresponde a mais um passo para a afirmação do trabalho que é desenvolvido na UC para a área da saúde, assim como afirma a investigação de excelência que fazemos na área das ciências nucleares aplicadas à saúde”.

O radiofármaco FDG UC é utilizado no ICNAS para investigação e também para a realização de exames do Serviço Nacional de Saúde. É também distribuído, pela ICNAS Pharma, para os principais hospitais nacionais, através da FarDiotop, uma empresa incubada no Instituto Pedro Nunes.

Desde o lançamento da FDG UC em 2012, a ICNAS Pharma já colocou no mercado mais seis medicamentos radiofarmacêuticos, fruto da sua investigação. “Alguns destes radiofármacos são pioneiros a nível mundial, como é o caso do GalliUC, produzido a partir do Gálio-68 do ciclotrão através de um processo patenteado pela UC, que provocou uma autêntica revolução nos processos de produção deste isótopo ao nível global”, sublinha o Diretor do ICNAS.

A produção combinada de todos os radiofármacos produzidos na UC já atingiu as 10 000 produções, tendo estes medicamentos sido utilizados em centenas de milhares de exames de diagnóstico.

Fonte: Universidade de Coimbra (press release)

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