Uma equipa de cientistas de vários países, liderada por um investigador da Universidade do Minho (UMinho), anunciou uma nova esperança na luta contra o cancro, criando uma técnica capaz de eliminar, de forma seletiva, as células cancerígenas sem afetar as células saudáveis.
A equipa desenvolveu um novo material microporoso que atua através de iões de zinco e que tem capacidade para eliminar seletivamente alguns tipos de cancro, sem gerar efeitos ou afetar os tecidos saudáveis.
Em declarações à Lusa, o líder da equipa, Stanislav Ferdov, explicou que, em estudos laboratoriais, foi possível observar que, “na presença de quantidades muito pequenas do novo material, conseguimos a supressão seletiva de até 95% de um tipo de célula humana cancerígena ou 'imortal' e de uma célula que leva à cirrose em humanos”.
Num próximo passo, a equipa, que contou com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia e com o contributo de investigadores da Academia Búlgara de Ciências, do Centro Nacional de Doenças Infeciosas e Parasitárias da Bulgária e da Universidade de Aveiro, pretende “aumentar os genótipos de cancro que possam ser inibidos seletivamente e com eficácia”.
Num artigo publicado na revista RSC Advances, os especialistas explicam ainda que o material em causa permitirá testar “in vivo” e “in vitro” diferentes materiais microporosos, em combinação com vários iões metálicos.
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