Receber um diagnóstico de cancro infantil é o pior pesadelo de qualquer progenitor.
“As nossas vidas mudaram num piscar de olhos”, recorda Parvati, a mãe de Yuvaan, um menino que tinha menos de 3 anos quando foi diagnosticado com um tumor cerebral raro, cuja taxa de sobrevivência é de 0%.
7 meses após o diagnóstico, Yuvaan faleceu. A devastadora experiência levou a família de Yuvaan a iniciar uma luta por mais investigações e financiamento na área da oncologia pediátrica.
“O Yuvaan não teve a possibilidade de lutar contra este cancro. Ele chegou a ser sujeito a radioterapia, procurámos por ensaios clínicos inovadores, tentámos de tudo… mas não havia nada a fazer. Chegaram a dizer-nos que o melhor era desistirmos e irmos para casa. Para fazermos memórias. Para estarmos o máximo de tempo possível com o nosso filho”.
“Felizmente, estamos numa altura em que surgem cada vez mais ensaios clínicos. Mas nem sempre esses são suficientes. No caso do Yuvaan, por exemplo, não foi, uma vez que, por ele ter menos de 3 anos, não era ilegível para a maioria destes ensaios”, explicou Tobey MacDonald, o oncologista que acompanhou o menino.
Este foi um dos motivos que levou Parvati a criar a Fundação Yuvaan Tiwari – “aumentar a consciencialização para as dificuldades que se enfrentam nesta área”. Em menos de 1 ano, a Fundação já angariou mais de 1 milhão de dólares.
“Precisamos de toda a ajuda possível. Só assim poderemos fazer a diferença”, disse Tiwari.
Tobey MacDonald tem uma carreira com mais de 30 anos; o médico é perentório: “em todos estes anos, a taxa de sobrevivência para o tipo de cancro do Yuvaan não mudou nem um único ponto percentual”.
“É desanimador, mas estamos perante uma oportunidade de mudança. Estamos à procura de investigações inovadoras, de ideias inovadoras que nos possam ajudar. Precisamos de trabalhar mais rapidamente, de irmos mais longe, de quebrarmos barreiras”, diz o médico.
“E essas barreiras”, conclui, “são mais facilmente quebradas com o apoio de fundações como esta”.
Fonte: WSTV