Ultrapassar a leucemia pediátrica: uma história de sucesso na medicina

A leucemia linfoblástica aguda é o cancro mais comummente diagnosticado entre crianças e adolescentes com idades iguais ou superiores a 20 anos. E apesar do grande número de crianças diagnosticadas, só nos Estados Unidos são diagnosticadas cerca de 5 mil crianças todos os anos, este tipo de cancro é uma das grandes histórias de sucesso da medicina. 
Este facto ocorre porque mais de 98% das crianças diagnosticadas com leucemia linfoblástica aguda hoje em dia entram em remissão e 90% dessas crianças ficam curadas, uma taxa que aumentou significativamente desde a década de 1950.
Para esse sucesso, uma vez que o cancro infantil é relativamente raro, contribuiu o facto dos investigadores de cancro pediátrico se terem unido, colaborando em ensaios clínicos para desenvolver e avaliar novos tratamentos para a doença. 
Os atuais tratamentos de quimioterapia para a leucemia pediátrica foram suportados por essas colaborações, melhorando as hipóteses de cada criança diagnosticada com leucemia. 
Esta colaboração também se tornou um modelo para pesquisa do cancro em adultos e também levou a grandes avanços no tratamento do cancro nesta faixa etária. 
Crianças com leucemia recebem combinações de fármacos anticancerígenos para eliminar células de leucemia, administradas com diferentes intensidades e em diferentes fases. Alguns dos pacientes também recebem terapia de radiação e, em alguns casos, é necessário um transplante de células estaminais para dar à criança novos sistemas imunológicos e formadores de sangue.
Recentemente, o regulador de saúde norte-americano (FDA) aprovou a terapia com células T de recetores de antígenos quiméricos para a leucemia recorrente ou persistente em pacientes com até 25 anos. 
Com esta imunoterapia revolucionária, células brancas de sangue chamadas células T são removidas do paciente, geneticamente modificadas e retornam ao paciente para encontrar e matar as células de leucemia.
Atualmente, os investigadores estão a concentrar-se nos 10 a 15% das crianças que não sobrevivem à leucemia; para isso, os especialistas têm vindo a recorrer a ferramentas genéticas mais recentes para estudar as diferenças moleculares entre leucemias que podem ser curadas e aquelas que persistem ou retornam apesar do tratamento. 
Cientistas de centros médicos académicos com um hospital infantil, como o Morgan Stanley Children's Hospital, nos Estados Unidos, estão neste momento a conduzir uma pesquisa pioneira para decifrar as complexidades genéticas desse tipo de cancros e a desenvolver novas terapias que se aproximam dos seus mecanismos moleculares. 
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