A Sociedade Europeia de Medicina Oncológica (ESMO, na sigla em inglês), acaba de ver incluída a oncologia médica entre as especialidades médicas abrangidas pela Directiva 2005/36/CE relativa ao reconhecimento das qualificações profissionais. A decisão foi anunciada pela Comissão Europeia.
David Kerr, presidente da ESMO, congratulou-se com a decisão de Bruxelas que culmina num parecer positivo após vários anos de intensa discussão entre ESMO, sociedades nacionais e os Estados-membros.
O responsável defende que “este é um passo importante para uma melhor assistência de cancro na Europa”, no sentido em que a decisão permitirá melhorar a mobilidade dos médicos oncologistas na Europa, garantindo que as suas qualificações profissionais sejam “automaticamente reconhecidas” entre os Estados-membros participantes em conformidade com a directiva da CE.
Perante “o papel cada vez mais importante desempenhado pelos oncologistas no tratamento global dos pacientes com cancro, a livre circulação dos médicos oncologistas será benéfica para abordar a crescente incidência do cancro, o que permite lidar com a escassez de trabalho potencial mais rapidamente”, sublinha Kerr.
A decisão de Bruxelas assume-se ainda como um incentivo extra para jovens médicos oncologistas que procurem oportunidades no exterior, tanto na investigação como nas unidades clínicas, possibilitando-lhes uma carreira mais competitiva e o exercício da sua profissão num contexto mais estimulante, sem que sejam travados por entraves burocráticos.
Paolo Casali, também da ESMO, lembra que é estimada “uma escassez de médicos oncologistas no tratamento do cancro”, motivo pelo qual ressalva que “era dever da ESMO trabalhar para um ambiente mais uniforme e harmonizado ao nível europeu, onde pacientes oncológicos possam beneficiar do profissionalismo dos médicos oncologistas, independentemente do local onde vivem”.
Este artigo foi úlil para si?
SimNão
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.