Charlie Walsh adora a sua família, a sua cadela Sophie e passar dias inteiros no lago Okoboji, na cidade do Kansas, Estados Unidos.
Ser ativo e saudável é algo a que Charlie e a sua família dão imenso valor, muito por causa de todas as peripécias porque já passaram; durante os seus 14 anos de vida, Charlie já foi obrigado a enfrentar desafios muito duros.
Em março de 2007, durante umas férias de família, o pequeno Charlie começou a perder o apetite e a vontade de brincar, mas foi quando o seu olho esquerdo inchou descontroladamente que os pais ficaram seriamente preocupados.
De regresso à cidade do Kansas, Paige e o seu marido marcaram uma consulta com o pediatra da criança, na altura com dois anos, que os encaminhou para o Children’s Mercy Hospital; e foi neste hospital que os médicos descobriram, no olho esquerdo de Charlie, um tumor que se estendia até ao cérebro.
Um mês depois, o menino foi submetido a uma craniotomia e ressecção de tumor; após a cirurgia, os médicos acreditavam ter removido a totalidade do tumor, contudo, Charlie acabou por perder a visão no olho esquerdo.
Para conseguirem ter mais informações em relação ao tumor de Charlie, os médicos do Children’s Mercy Hospital enviaram uma biopsia para vários hospitais especializados em tumores cerebrais pediátricos.
Após algumas semanas, a resposta chegou: Charlie tinha um tumor teratóide rabdóide atípico, um tumor maligno, bastante agressivo, que ocorre principalmente em crianças com menos de 2 anos de idade.
Charlie foi submetido a 17 meses de quimioterapia, 6 semanas de radioterapia, inúmeras ressonâncias magnéticas, transfusões de sangue, entre outros.
Nos 2 anos que se seguiram ao diagnóstico, Charlie e a sua família passaram mais dias e noites no hospital do que em casa; todos os feriados, aniversários e outros marcos foram celebrados no quarto de hospital de Charlie.
No final de 2009, Charlie foi considerado livre de cancro, uma vez que os exames não mostravam evidências da existência da doença.
Mas, em abril de 2019, uma ressonância magnética de rotina detetou um tumor no lado direito do cérebro de Charlie. O jovem voltou a ser submetido a uma craniotomia e ressecção de tumores no Children’s Mercy Hospital.
Charlie foi diagnosticado com meningioma de células claras, um tumor benigno que se acredita ser um efeito secundário a longo prazo decorrente da radioterapia a que o jovem foi submetido em criança.
Atualmente, Charlie está a ser monitorizado quanto à recidiva do tumor e a cada 3 meses é submetido a uma ressonância magnética completa do cérebro e da coluna.
“O meu filho já passou por muito na vida, ele é o nosso herói”, diz, orgulhosa, a sua mãe.
Fonte: Alex’s Lemonade