Com apenas 8 anos, Nevaeh Williams diagnosticada com um cancro extremamente raro.
Na altura do diagnóstico, os médicos não tinham certeza se a jovem sobreviveria, mas, felizmente, os tratamentos foram eficazes e, durante 2 anos, a menina pôde voltar a ser uma criança livre de terapias e hospitais, que ocupava o seu tempo a estudar, a jogar softball e a conviver com os seus amigos.
“A Nevaeh voltou a ser uma criança como todas as outras”, conta a sua mãe, Alana.
Mas, em agosto de 2020, uma ressonância magnética revelou que “o cancro tinha voltado. Foi uma notícia desesperante”.
“Desde o primeiro diagnóstico que, sempre que a Nevaeh era sujeita a exames, o meu coração parava”, recorda a Alana, que confessou sentir uma “ansiedade e um medo enormes”.
“Curiosamente”, diz, “esse receio estava a começar a passar quando, ao fim de 2 anos, os resultados daquele maldito exame chegaram com más notícias”.
“Para mim, saber que a minha filha já não estava em remissão foi devastador. Atrevo-me a dizer que a sensação de impotência, de raiva, de frustração foi ainda pior do que quando a Nevaeh foi diagnosticada pela primeira vez”.
A reação de Nevaeh, agora com 11 anos, foi diferente.
“Da primeira vez que foi diagnosticada, os médicos não acreditavam que eu pudesse sobreviver. E aqui estou eu agora. Por isso, porque não hei-de conseguir vencer o cancro mais uma vez?”, questiona, cheia de força de vontade, a menina.
Alana conta que tudo começou quando, um dia, reparou que o estômago da sua filha estava bastante inchado. Quando questionada sobre se sentia algo, Nevaeh respondeu que se sentia bem, mas a sua mãe ficou preocupada.
De imediato, a mãe levou a criança ao pediatra, que recomendou que a menina fosse encaminhada para o hospital. Exames preliminares levaram os médicos a acreditar que Nevaeh tinha um sarcoma de Ewing.
“Mas eu não senti confiança no olhar deles. Alguma coisa me dizia que eles não estavam certos”.
Receosa, Alana pediu uma segunda opinião médica.
“Foi assim que descobrimos que a minha filha não tinha nenhum tumor ósseo, e sim um tumor no estômago e vários tumores por toda a parede torácica”.
Neveah não tinha um sarcoma de Ewing e sim um tumor desmoplásico de células redondas pequenas; este tipo de tumores são tão raros que, desde 1989, apenas foram diagnosticados 200 casos, de acordo com o National Cancer Institute for Cancer Research.
“Não existe sequer um plano de tratamento padrão para esta doença”, revela Alana.
Para além de ser sujeita a uma cirurgia de remoção do tumor, Neveah também foi submetida a um tratamento hipertérmico intra-peritoneal, onde os médicos “introduziram quimioterapia diretamente no abdómen da minha filha”.
Depois destes duros tratamentos, Neveah foi considerada livre de cancro durante 2 anos; agora, novamente diagnosticada com cancro, a jovem “continua sem desistir de lutar pela vida”.
“Eu estou muito assustada, mas ela está pronta para esta nova batalha. A minha filha é a minha força”.
“Eu já venci o cancro uma vez. Não existe um motivo para desistir agora. Eu sei que vou conseguir voltar a estar livre desta doença”, reitera a menina.
Mas Nevaeh não quer passar por todo este processo sozinha e, por isso, decidiu partilhar a sua luta contra o cancro com toda a gente, através de vídeos publicados na internet.
“Eu tenho total liberdade, mas a minha mãe é que tem a última palavra na edição final”.
As pessoas podem ver os vídeos de Neveah na sua página de Youtube, a Nevaeh’s Fight, Surviving Childhood Cancer.
“Adoro sentir que inspiro outras pessoas, sejam elas crianças ou adultos. Recebo muitas mensagens a dizer que a minha história é sinónimo de força”.
Uma última mensagem? “Nunca desistam. Tudo é possível nesta vida, desde que acreditemos no futuro”.
Fonte: Today