O risco de desenvolver o tipo mais raro de leucemia mieloide aguda (tipo de cancro que afeta o sangue) foi aumentado em 2,3 vezes pelos medicamentos em causa, enquanto para o tipo mais comum, a leucemia linfoblástica aguda, essa probabilidade foi elevada de duas a seis vezes, segundo o estudo apresentado recentemente numa Conferência sobre Cancro Infantil em Londres.
O risco aumentado de cancro na infância não foi associado à inseminação artificial ou fertilização in vitro, mas sim a compostos usados para estimular o ovário.
A pesquisa sugere também que, além de evidências sobre a ligação entre a doença e alguns medicamentos de tratamento de infertilidade, o próprio facto de não existir facilidade em gerar um filho pode assumir um papel no maior risco da patologia, isto porque os investigadores chegaram à conclusão de que quando uma mãe aguarda mais do que um ano para engravidar, sem intervenção médica, o risco do seu bebé vir a desenvolver leucemia linfoblástica aguda é aumentado em 50%.
A investigação está ainda numa fase preliminar e não deve ser tomada como verdade absoluta, sublinham os especialistas, que lembram, no entanto, que a evidência preliminar do estudo indica a necessidade de continuar a avaliar a ligação entre a leucemia infantil e alguns medicamentos para a fertilidade.
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