Tratamento com progesterona pode ser eficaz contra neuroblastoma

A hormona progesterona pode ajudar a criar novas terapêuticas contra o neuroblastoma, um tipo de cancro muito frequente em crianças que afecta o sistema nervoso simpático, depois de pesquisas em animais terem concluído que doses elevadas desta hormona podem combater de forma eficaz as células cancerígenas do tumor.

Num artigo publicado na revista Molecular Medicine, os especialistas responsáveis pela pesquisa da Escola de Medicina da Universidade Emory, nos Estados Unidos, reforçam que o tratamento com a progesterona surge como um novo alento, não só pela elevada eficácia que demonstra no combate às células do neuroblastoma, mas também pelo facto de não afectar as células saudáveis.

As conclusões surgiram em estudo com um modelo animal, onde a progesterona mostrou ter a capacidade para bloquear o crescimento e progressão das células tumorais do neuroblastoma em menos de oito dias, além de não ter revelado grande toxicidade para o organismo.

O líder do estudo salienta que a progesterona actua directamente sobre as proteínas produzidas pelas células do neuroblastoma, impedindo, desta forma, o crescimento de novos vasos sanguíneos ao redor do tumor, que lhe garantem a sobrevivência e progressão para outros tecidos.

Apesar dos resultados positivos, os cientistas defendem a necessidade de mais pesquisas sobre a utilização desta hormona para perceberem se esta é mais eficaz quando utilizada em combinação com outros tratamentos e determinarem quais as doses necessárias e o período de tratamento a adoptar.

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