Um recente tratamento contra o neuroblastoma (tumor que afeta o sistema nervoso simpático) que aumenta em 20% a taxa de sobrevivência e ensina os próprios anticorpos do corpo a atacar e destruir tumores, já está disponível em alguns países mas os seus custos elevados e a falta de regulamentação dos Governos estão a condicionar os acessos de muitas crianças ao tratamento, facto que tem motivado muitos pais, por exemplo, em Inglaterra, a promoverem fundos que permitam financiar o tratamento dos seus filhos.
No Reino Unido, o Governo já se mostrou disponível para avaliar e ponderar os encargos quanto a este tratamento específico, mas lembra que quando determinado fármaco não está disponível em ensaios clínicos e não há nenhuma orientação do regulador britânico, a estratégia a adotar deve ficar a cargo “das organizações de saúde locais” que devem avaliar cuidadosamente o financiamento dos custos “com base nas evidências disponíveis e tendo em conta as circunstâncias individuais”.
Na ótica dos pais, por seu lado, embora admitam que o valor dos tratamentos é muito elevado e pode de facto condicionar o financiamento estatal, ressalvam que quando se trata de tratamento do cancro, uma questão de vida ou morte – especialmente para as crianças – os decisores devem dar prioridade a qualquer terapia que lhes dê uma oportunidade de vida.
Deixe um comentário
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.