As conclusões que associam um maior risco de cancro à realização de transplantes surgem após uma análise de dados clínicos de mais de 175.000 doentes que tinham sido sujeitos a uma intervenção deste tipo.
Depois de analisados os dados, os pesquisadores norte-americanos chegaram à conclusão de que grande parte dos indivíduos avaliados desenvolveu algum tipo de cancro depois de terem realizado um transplante de órgão, sendo a probabilidade da doença duas vezes superior para estes doentes, quando comparada com os que nunca recorreram a esse tipo de cirurgia.
Os especialistas salientam que o aumento do risco de cancro surge, em parte, devido aos medicamentos que são necessários administrar após um transplante, para evitar a rejeição do órgão transplantado, os quais inibem a acção do sistema imunológico e podem elevar o risco de desenvolvimento da doença em consequência da ocorrência de infecções orgânicas.
Em alguns casos, os imuno-supressores podem actuar como agentes cancerígenos e contribuir directamente para o crescimento de células tumorais, sugerem ainda os investigadores.
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