Num futuro próximo, investigadores canadianos esperam poder testar com sucesso exames simples que ajudem os médicos a antever um maior risco de recaídas em jovens com leucemia (tipo de tumor sanguíneo), através de um marcador específico que avalia as células T (tipo de glóbulos brancos).
Um novo estudo do Centro de Investigação da Universidade Sainte-Justine, no Canadá, mostra que o marcador PD-1 pode indicar o tempo e o ciclo de vida das células T que, quanto mais se aproximam do seu fim, menos eficazes se tornam, aumentando a probabilidade de recaídas da leucemia.
As conclusões surgem depois de uma avaliação de amostras de sangue de crianças sujeitas a um transplante de sangue do cordão umbilical para tratamento de doenças do sangue, incluindo a leucemia. A pesquisa foi realizada com o intuito de prever o risco de eventuais recaídas num período de três a seis meses após o transplante.
Os resultados apurados expressaram, em alguns doentes, um ponto máximo no marcador PD-1, sugerindo que muitas dessas células T estariam no final do seu ciclo de vida e, portanto, seriam menos eficazes.
O PD-1 actua também como indicador de exaustão destas mesmas células (processo pelo qual as células T perdem a capacidade de se multiplicar), o que indica que estas serão menos eficazes a combater a acção de vírus e células tumorais.
Quase 20% das crianças e jovens com leucemia tratados com células-tronco do cordão umbilical podem apresentar uma recaída da doença, mas o marcador pode indicar quais os jovens que estão mais susceptíveis a terem uma reincidência, segundo o artigo publicado na revista Blood.
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