Um teste genético realizado em crianças com cancro revelou mutações que podem ajudar a explicar a origem dos seus tumores e pode ter potencial para melhorar o tratamento do cancro em 40% dos pacientes.
As conclusões surgem de um estudo conduzido por pesquisadores do Colégio de Medicina Baylor e do Centro de Cancro Infantil do Texas, nos Estados Unidos.
A sequenciação genética do tumor e de amostras de sangue revelou resultados inesperados num certo número de doentes, incluindo mutações em genes não previamente associados ao tipo específico de cancro com que as crianças tinham sido diagnosticadas, o que sugere a utilidade destes testes em crianças diagnosticadas com tumores sólidos.
O estudo publicado na revista JAMA Oncology revelou que mais de 25% das crianças estudadas tinham uma mutação genética com potencial relevância clínica detetada nos tumores, que poderiam orientar futuros tratamentos no caso de recorrência do tumor, informou Angshumoy Roy, um dos colaboradores do estudo.
Quase 10% das crianças apresentavam também mutações germinativas em genes que indicam maior suscetibilidade ao cancro pediátrico e adulto e que explicavam a origem do seu tumor. Outros pacientes tinham mutações em genes que foram associadas ao risco de outras doenças.
“Estes resultados sugerem que o uso de testes genéticos focados podem gerar importantes descobertas”, pois o seu foco tanto no tumor como nas amostras de sangue pode dar a conhecer potenciais alvos moleculares de tratamento, bem como revelar o risco de cancro hereditário e outras doenças genéticas, garantem os especialistas.
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