Tessa, a sobrevivente de cancro que se tornou modelo

Tessa Snyder era uma rapariga comum, que vivia em Filadélfia, nos Estados Unidos, quando em 2000, com apenas 11 anos, começou a sentir fortes dores na perna.

Tessa Snyder, com 11 anos

Gradualmente, essas dores foram ficando cada vez piores, até que um dia os pais a levaram a um médico.

Ao perceber que algo de grave se passava com a menina, o médico mandou-a fazer exames.

E, segundo Tessa, foi nesta altura que a sua vida se dividiu em “antes” e “depois”.

“Eu lembro-me de estar no consultório, com o médico à minha frente a ver as minhas análises. De repente ele começou a falar de cancro, e a explicar-me o que era esta doença, da forma mais simples que se pode explicar a uma criança de 11 anos”, relembra Tessa.

O anúncio do diagnóstico de um osteossarcoma foi seguido de dois duros meses de quimioterapia.

Tessa passou a maior parte do tempo no hospital, onde perdeu os seus longos cabelos castanhos e onde teve de ser alimentada por tubos, pois os efeitos secundários do tratamento não permitiam que se alimentasse normalmente.

Ao verem o sofrimento da sua filha, os pais desesperaram e perguntaram aos médicos qual seria a melhor opção para que o cancro deixasse de se espalhar.

A resposta veio com a palavra “amputação”.

Sem outras opções viáveis, a família decidiu seguir em frente, e em setembro de 2000 Tessa foi operada.

Uma das várias sessões fotográficas da jovem

“Foi um processo muito doloroso. Se calhar até foi mais complicado a adaptação à prótese do que saber que tinha cancro ou tomar a decisão de me amputarem a perna”, conta a sobrevivente.

Tessa é hoje uma mulher com quase 30 anos. É uma modelo, uma esposa feliz e mãe de dois filhos.

“Estou com quase 30 anos e sinto-me melhor do que nunca”, conta.

“Precisei de 20 anos para aceitar o fato de que tenho uma prótese, mas espero que a minha história ajude outras pessoas a encontrarem forças para lutar. Se eu inspirar, pelo menos, uma criança, então a minha missão neste mundo fica cumprida”.

A Tessa sobrevivente revelou ainda o que gostaria de dizer à Tessa de 11 anos que teve de ser uma lutadora: “obrigada por nunca teres desistido”.

A sobrevivente com o seu marido e os seus dois filhos

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