Nos EUA, um grupo de físicos lançou um estudo para melhorar a eficácia de diferentes tipos de terapia de radiação.
As técnicas de radioterapia são utilizadas há mais de um século para tratar os cancros, mas há vários anos que a melhoria desta tecnologia tem sido alvo de estudo por parte de muitos investigadores e cientistas.
Agora, os físicos do grupo Radiation Detetor and Imaging e associados ao Biomedical Research & Innovation Center – BRIC, em colaboração com o Hampton University Proton Cancer Institute, querem avaliar a capacidade de terapia de protões baseada em aceleradores para substituir os tratamentos que utilizam fontes radioativas, como o cobalto-60, reduzindo potenciais riscos radiológicos que poderiam estar associados a esses isótopos.
A terapia de protões compreende a utilização de um feixe externo de protões – a utilização de radiação externa para atravessar o corpo e depositar energia nos órgãos internos. Pode ser feita com raios X, raios gama ou partículas subatómicas, como eletrões, neutrões ou protões.
As caraterísticas de segurança concebidas para evitar que a fonte de radiação cause riscos radiológicos, que resultam da localização da maior parte da deposição de energia e permitem ligar e desligar rapidamente a fonte de radiação, são as suas principais vantagens. Contudo, é uma terapia dispendiosa pois exige, que o hospital ou clínica, construa um acelerador de partículas, uma proteção contra a radiação e grandes pórticos rotativos para permitir múltiplos ângulos de tratamento.
Quando comparada à radioterapia, que necessita apenas de um aparelho do tamanho de uma sala clínica para alojar a fonte quente e de blindagem e colimadores para focar o feixe utilizado no tratamento, é uma escolha mais difícil de implementar.
Apesar de mais dispendioso, a equipa de investigação concluiu que a localização espacial é especialmente positiva para o tratamento de tumores cancerígenos perto de tecidos sensíveis, como os cancros da próstata e do cérebro, bem como para os cuidados pediátricos.
A liderar o estudo está Cameron Clarke, um cientista da equipa do Jefferson Lab, em conjunto com os colegas Michael Dion e Eric Christy. Este é financiado pelo Gabinete de Segurança Radiológica (ORS) da Administração Nacional de Segurança Nuclear do DOE, e vai decorrer até 2025.
Fonte: News Medical Life Sciences