Uma revisão de estudos encomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) defende uma possível relação entre o aumento do risco de um tipo de tumor que afecta as células cerebrais – glioma, e o uso de telemóveis.
Uma avaliação de estudos epidemiológicos que relacionavam o uso telemóveis com a exposição a campos electromagnéticos contribuiu para a atribuição de uma nova rotulagem da Agência Internacional para Pesquisa do Cancro (IARC na sigla em inglês) aos telemóveis, que são agora caracterizados pela entidade como produto “potencialmente cancerígeno”.
A classificação surge de conclusões que evidenciam uma possível ligação entre o desenvolvimento de gliomas e o uso de telemóveis.
Apesar do alerta da OMS, Ed Yong, responsável de informação do Cancer Research UK, defende cautela na interpretação destes resultados, recordando que a indicação da OMS sugere apenas uma evidência, dado que não há ainda dados conclusivos que permitam afirmar que o uso de telemóveis pode estar na origem da formação do glioma.
Ed Yong justifica as suas premissas recordando que não foi confirmado qualquer risco aumentado para os utilizadores de telemóveis, e lembrando que a incidência deste tipo de tumor não aumentou proporcionalmente com o “boom” de utilizadores destes aparelhos observado entre 1980 e 1990.
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