A investigação utilizou dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que analisou juntamente com dados de saúde e socioeconómicos das Nações Unidas e do Banco Mundial de 173 países.
Apesar do maior acesso aos cuidados de saúde, verificou-se que os países mais desenvolvidos apresentam taxas de incidência de cancro muito mais elevadas do que os países “mais desfavorecidos” do mundo.
Segundo os investigadores, este facto é resultado de uma “seleção natural”: como a medicina moderna permite uma maior sobrevivência dos pacientes, os seus antecedentes genéticos conseguem passar de uma geração para outra. Os resultados mostram uma acumulação de incidência de cancro de quatro a cinco gerações.
Publicado na Evolutionary Applications, o estudo mostrou que a taxa de alguns tipos de cancro duplicou, e inclusive quadruplicou, nos últimos 100-150 anos no mundo.
Os especialistas concluíram que os dez países desenvolvidos com as menores oportunidades de seleção natural são a Islândia, Singapura, Japão, Suíça, Suécia, Luxemburgo, Alemanha, Itália, Chipre e Andorra.
Por outro lado, Burkina Faso, Chade, República Centro-Africana, Afeganistão, Somália, Serra Leoa, República Democrática do Congo, Guiné-Bissau, Burundi e Camarões foram considerados os dez países menos desenvolvidos com maiores oportunidades.
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