Taxas mais elevadas de cancro encontradas em países mais desenvolvidos

De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Adelaide, na Austrália, é nos países considerados “mais desenvolvidos do mundo” que existem as maiores taxas de incidência de cancro.

A investigação utilizou dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que analisou juntamente com dados de saúde e socioeconómicos das Nações Unidas e do Banco Mundial de 173 países.

Apesar do maior acesso aos cuidados de saúde, verificou-se que os países mais desenvolvidos apresentam taxas de incidência de cancro muito mais elevadas do que os países “mais desfavorecidos” do mundo.

Segundo os investigadores, este facto é resultado de uma “seleção natural”: como a medicina moderna permite uma maior sobrevivência dos pacientes, os seus antecedentes genéticos conseguem passar de uma geração para outra. Os resultados mostram uma acumulação de incidência de cancro de quatro a cinco gerações.

Publicado na Evolutionary Applications, o estudo mostrou que a taxa de alguns tipos de cancro duplicou, e inclusive quadruplicou, nos últimos 100-150 anos no mundo.

Os especialistas concluíram que os dez países desenvolvidos com as menores oportunidades de seleção natural são a Islândia, Singapura, Japão, Suíça, Suécia, Luxemburgo, Alemanha, Itália, Chipre e Andorra.

Por outro lado, Burkina Faso, Chade, República Centro-Africana, Afeganistão, Somália, Serra Leoa, República Democrática do Congo, Guiné-Bissau, Burundi e Camarões foram considerados os dez países menos desenvolvidos com maiores oportunidades.

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