A realização de exames de TAC implica uma dose de radiação centenas de vezes superior ao raio-X normal, o que tem riscos associados, alerta o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), José Manuel Silva.
Um estudo publicado na revista BMJ, que teve como foco a avaliação da incidência de cancro em 680 mil pessoas que fizeram uma TAC na infância ou adolescência, mostrou que o risco da doença era 24 por cento superior em pessoas que tinham realizado uma TAC, um risco que aumentava por cada TAC efetuada.
“Estes resultados são muito importantes e devem estar na mente de todas as pessoas que, por vezes, pressionam os médicos para pedirem exames que implicam radiação. As radiações têm riscos. Os exames só devem ser feitos quando necessários”, explicou o responsável.
O bastonário considera ser “fundamental que todas as urgências médico-cirúrgicas e polivalentes [do país] tenham radiologistas 24h/dia”, para que os doentes não tenham de estar sujeitos a exames que acarretam mais riscos para a sua saúde, defendeu o bastonário.
José Manuel Silva revela ainda que muitos hospitais do país não têm radiologistas de serviço durante a noite, o que significa que, nesse período, não há possibilidade de serem feitas ecografias aos doentes que delas necessitem.
Nestes casos, ou esperam pela manhã ou é feita uma TAC, pelos técnicos, com a respetiva dose de radiação, que depois é lida à distância por telerradiologia, com atrasos e menor qualidade potencial.
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