T-shirt com design criativo minimiza desconforto na quimioterapia

A Fundação norte-americana Emilio Nares (ENF), que apoia famílias com crianças que lutam contra um cancro pediátrico, criou uma nova t-shirt com um design inovador para eliminar algumas das experiências traumáticas que as crianças vivem quando recebem quimioterapia.
 
“Receber quimioterapia é stressante e dramático, especialmente para as crianças entre as idades de 3 e 7 anos”, mas também para os adolescentes, “que podem ter sentido algum ganho de peso graças à administração de esteroides durante o tratamento, o que muitas vezes os coloca numa situação desconfortável e com vergonha de mostrar o seu corpo”, disse Richard Nares, cofundador e diretor executivo da ENF, uma associação sedeada em San Diego, Califórnia, nos Estados Unidos.
Heidi Cramer, diretor de desenvolvimento da ENF, acrescenta que o ato de levantar a camisa para administrar a quimioterapia “é tão prejudicial para a rotina da criança que consegue torna-se a pior parte do seu dia”.
  
Para aliviar o sofrimento do seu filho Martin durante a quimioterapia, Luz Quiroga e a sua cunhada lembraram-se de costurar velcro no ombro de uma das tshirts que Martin pediu para rasgar, em desespero, por não a querer tirar na sala de tratamentos, e assim nasceu a T-shirt “Loving Tabs”.
Com uma bolsa da Fundação Bravo, surgiu a ideia de criar uma t-shirt para facilitar o acesso de medicamentos em crianças em tratamento contra o cancro. A ENF começou por testar diferentes estilos e pediu a opinião de médicos, pacientes e familiares. 
 
A última versão da t-shirt, disponível em várias cores – preto, azul e rosa – é feita com 100% de bambu, anti-bacteriana e hipoalergénica. As abas do ombro são estrategicamente concebidas para abrir e permitir a completa exposição do topo do tronco.
Percebendo as implicações que esta camisa poderia ter para as crianças com cancro pediátrico, a ENF trabalhou para conseguir o maior número de colaborações com organizações semelhantes. 
   
“As crianças reportam-se à t-shirt como o seu ‘uniforme’ de tratamento”, dizem os responsáveis, que ressalvam que esta proporciona “uma sensação de normalidade para o paciente, que não sente que a sua privacidade é invadida. Tudo o que possa ser feito para aliviar esse desconforto é crucial.”
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