Cientistas norte-americanos descobriram recentemente o modo de actuação de um composto utilizado no tratamento da malária, a cloroquina. A descoberta permitirá definir novas estratégias para tratar problemas inflamatórios, alguns tipos de cancro, bem como diversas doenças auto-imunes, como artrite e esclerose múltipla.
A cloroquina actua sobre um tipo de hormonas específicas, os glicocorticóides, no combate ao parasita da malária. A sua eficácia e a descoberta do processo que utiliza para erradicar o parasita pode ajudar os investigadores a criarem novas estratégias capazes de desenvolver inibidores de glicocorticóides.
A intenção, referem os investigadores do Instituto de Pesquisa Van Andel, nos Estados Unidos, passa por melhorar a eficácia da cloroquina como agente terapêutico, nomeadamente para tratar alguns tipos de cancro como as leucemias e linfomas.
Os glicocorticóides estão associados a alguns dos mecanismos característicos das células cancerígenas, pelo que são frequentemente alvo de tratamentos contra leucemias e linfomas.
Num relatório publicado na revista Science Signaling, os cientistas sublinham que os dados obtidos levarão à criação de estratégias terapêuticas no tratamento de doenças auto-imunes e cancro, além de permitirem rastrear novos procedimentos passíveis de serem avaliados em ensaios clínicos.
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