Um novo estudo da Escola de Saúde Pública da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, descobriu que os pais de crianças com cancro subestimam os seus próprios níveis de stress inerentes ao problema dos seus filhos.
“Este estudo sugere que os pais de crianças com cancro ou com um tumor cerebral podem estar a enfrentar reações físicas ao stress, mesmo sem se aperceberem”, adianta o líder do estudo.
A pesquisa avaliou 73 pais de crianças da região de Wiscosin que passavam por um problema desta dimensão e 133 pais de crianças saudáveis, tendo constatado que os pais de crianças com cancro eram sujeitos a níveis de stress mais elevados do que os pais de crianças saudáveis.
“Nós descobrimos que cuidar de uma criança com cancro pode ter impactos negativos sobre o stress do cuidador e a qualidade do sono e stress social podem ser fatores que contribuem para o problema', ressalvam os cientistas.
A descoberta tem implicações importantes para os médicos que acompanham estes casos, dando-lhes as ferramentas necessárias “para que possam monitorizar e tentar reduzir os níveis de stress entre os pais, a fim de melhorar a qualidade de vida de pais e filhos.”
Entre os sintomas de stress mais comummente indicados pelos pais cujos filhos estava em tratamento contra o cancro, ou que já tinham concluído o tratamento, estavam palpitações cardíacas, dores de cabeça ou náuseas, em comparação com os pais de crianças saudáveis.
A pesquisa revelou ainda que os pais de crianças com cancro ou um tumor cerebral tinham má qualidade do sono e maior stress social (interações sociais negativas) e eram mais propensos a ter níveis elevados de stress.
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