Uma organização sem fins lucrativos está a tentar angariar dinheiro para poder levar o pequeno Spencer Walling à Disney World, nos Estados Unidos.
O menino, hoje com 5 anos, foi diagnosticado com um neuroblastoma de alto risco quando tinha apenas 3 anos de idade.
Tudo começou quando Spencer se “começou a queixar de fortes dores abdominais e com dificuldades de locomoção”, conta a sua mãe, Krissy.
“Quando o levámos ao hospital, foi-nos dito que ele devia estar com obstipação. Mas eu não fiquei convencida e quis uma segunda opinião. Depois de várias tentativas, consegui que ele fosse submetido a uma ressonância magnética. E foi aí que fomos confrontados com o pior”.
O exame revelou a existência de um tumor perto dos rins. Mas isso não era tudo.
“Um outro exame mostrou que 80% da sua medula óssea estava completamente danificada”.
Quando recebeu a notícia de que o seu filho tinha sido diagnosticado com neuroblastoma, Krissy lembra-se de “estar numa sala rodeada de médicos, mas a sentir-me a pessoa mais desamparada de sempre. Não me lembro de nada do que me disseram, só de ouvir, repetidamente, a palavra neuroblastoma. Eu nem sabia o que isso era”.
De acordo com o St. Jude Children’s Research Hospital, o neuroblastoma é responsável por entre 7 a 10% de todos os cancros diagnosticados em idade pediátrica. Só nos Estados Unidos, todos os anos, cerca de 700 crianças são diagnosticadas com esta doença.
“Como quase todos os tipos de cancro, a altura do diagnóstico é fundamental para a probabilidade de sobrevivência. No caso do Spencer, a sua probabilidade de sobreviver era de 50%”, explicou Sei-Gyung Sze, o médico que acompanha o tratamento da criança.
Quando Spencer foi diagnosticado, já existiam sinais de metástases, o que o obrigou a ser submetido a tratamentos mais agressivos.
“Ao longo destes 2 anos temos sofrido imenso. Estamos deslocados da nossa casa, já vivemos em motéis. Mas nada disso importa. O importante é termos o nosso filho ao nosso lado”.
O tratamento de Spencer começou com 6 ciclos de quimioterapia. De lá para cá, o menino já foi submetido a uma cirurgia de remoção de tumor, 2 transplantes de células estaminais, 12 ciclos de radioterapia e 6 de imunoterapia, que foram completadas em outubro de 2020.
Os efeitos do tratamento foram brutais para o corpo da criança.
“Às vezes era assustador ver aquilo pelo que ele estava a passar. Aos 4 anos, o meu filho chegou a pesar apenas 11 kg. A quimioterapia deixou-lhe a pele queimada em muitas zonas do corpo. No geral, o tratamento já lhe afetou a dentição, a visão e audição”.
Felizmente, Spencer encontra-se agora em remissão. Desde que terminou o seu tratamento, que os exames, que faz de 3 em 3 meses, não encontram vestígios de cancro.
“Não houve tempo para respirarmos durante todo este processo. Ainda agora, numa altura em que as notícias são muito positivas, não conseguimos sair deste modo de piloto-automático. Estamos otimistas, mas sempre cautelosos”.
De forma a ajudar esta família a ter umas merecidas férias, a One at a Time propôs-se a angariar dinheiro para concretizar o sonho de Spencer: visitar a Disney World.
“O Spencer merece ir conhecer as suas personagens preferidas. Merece voltar a ter a possibilidade de ser uma criança. E a sua família merece ter alguma paz”, afirmou Brodi Nicholas, fundador da organização, que lembra que o “cancro infantil não afeta apenas a criança, mas todos aqueles ao seu redor”.
“Queremos muito ajudá-los. Eles são uma família humilde e estamos muito felizes por os poder conseguir ajudar a realizar o seu maior sonho”.
Fonte: Press Herald
