Nicholas Melomo, um jovem de 15 anos, e a sua família comemoraram recentemente o fim dos seus tratamentos contra um osteossarcoma, um cancro ósseo que lhe foi diagnosticado na perna direita.
Se o diagnóstico de um cancro desta gravidade já algo “muito difícil de lidar”, tudo se tornou pior com “a crescente pandemia da COVID-19”.
Ainda assim, no dia 3 de outubro, a família reuniu familiares e amigos para marcar esta nova etapa na vida de Nicholas.
Em vez de uma grande festa, todos aqueles que apoiam o jovem comemoraram cumprindo todas as regras de segurança; enquanto a família estava sentada no jardim da casa de família, os restantes familiares e amigos fizeram um verdadeiro desfile de carros alegóricos, decorados com mensagens de força para Nicholas.
“Ouvir o barulho daquelas buzinas foi muito emocionante”, conta o jovem, que deu inicio às celebrações no dia 1 de outubro quando, num direto para as redes sociais, anunciou a todos aqueles que o seguiam que, naquele dia, iria terminar o seu “último ciclo de quimioterapia!”
Nesse dia, ao seu lado, estavam os seus pais e uma das enfermeiras que o acompanhou desde o começo desta complicada jornada.
“Apesar de parecer que durou uma eternidade, a verdade é que esta fase da minha vida começou em fevereiro”, recorda o jovem; após um acidente de carro, Nicholas e o seu pai, Vincent, foram encaminhados para o hospital.
Apesar de não existirem quaisquer indícios de mazelas, os médicos ficaram preocupados quando observaram um estranho inchaço na perna direita de Nicholas.
Após alguns exames, “chegou a pior notícia de todas: o Nicholas tinha cancro”, conta Lee, a mãe do jovem.
“Deixei de conseguir respirar quando o médico nos contou o que se passava. Não conseguia. Não conseguia acreditar. Aquelas palavras não podiam ser verdadeiras”.
Mas, infelizmente, eram.
Nicholas foi diagnosticado com um osteossarcoma em estádio inicial na sua perna direita.
O diagnóstico de Nicholas coincidiu com o crescente aperto de medidas contra a COVID-19 que, na altura, começava a proliferar pelo mundo. No início, apenas um dos pais pôde acompanhar Nicholas durante os tratamentos; alguns meses mais tarde, o hospital permitiu que ambos os pais estivessem com o filho.
“Outras vezes, era o próprio Nicholas que nos pedia para ficar sozinho. Queria estar só com os seus pensamentos, enquanto tentava interagir com outros adolescentes, e crianças, que, tal como ele, estavam privados da sua liberdade”.
Infelizmente, e apesar de todos os esforços, a perna direita de Nicholas teve de ser amputada.
“Não havia nada a fazer. Era a única opção. Eu já sabia disto, mas, quando ele decidiu que queria ir em frente, eu tive a certeza que o meu filho era o homem mais corajoso do mundo”, conta, emocionado, o pai do adolescente.
Nicholas recorda que a decisão de amputar a sua perna direita “não foi difícil. Era a minha perna ou a minha vida. Eu sou um otimista por natureza”.
A verdade é que, segundo os médicos, este adolescente “adaptou-se muito bem à ideia de viver com a sua nova perna protética”.
Atualmente, Nicholas está em casa, “à espera de poder voltar a sair, sem correr riscos”.
Fonte: WRAL