O aparecimento do cancro de pele está normalmente associado aos danos provocados pelas agressões solares e cumulativas que a pele enfrenta durante a infância, altura em que o indivíduo está mais frágil e os sistemas de defesa são ainda imaturos.
Estima-se que cada criança passe aproximadamente três quartos do seu tempo ao sol durante o verão, o que corresponde a uma exposição anual aos raios solares 2 a 3 vezes superior à do adulto.
“Ainda existe muito desconhecimento dos pais sobre como evitar que os seus pequenos se exponham de forma prejudicial aos raios solares. Há que ter em atenção que a criança não está protegida só porque está atrás do vidro do carro e que não basta aplicar o protetor solar nos pequenos apenas no verão ou após chegar à praia. A mudança ambiental a que assistimos atualmente implica cuidados cada vez mais antecipados e adaptados às diferentes sensibilidades da pele dos mais pequenos”, explica Manuela Pecegueiro, diretora de Serviço de Dermatologia do IPO de Lisboa.
Aos 18 anos, a pele de cada adolescente já deverá ter recebido mais de 50% dos raios solares de toda a sua vida, e a proteção utilizada é, na grande maioria dos casos, ausente ou fraca, devido à utilização de cremes de proteção ineficazes.
Como tal, os especialistas recomendam a aplicação de cremes protetores à base de ingredientes naturais e não prejudiciais à pele da criança, que devem ser aplicados com o surgimento dos primeiros raios de sol e sempre antes de a criança sair de casa.
O fator de proteção deve ser sempre superior a 50 (SPF50+), o índice máximo que funciona como um escudo contra as queimaduras solares.
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