Segundo uma nova investigação, um diagnóstico de leucemia em idade jovem pode afetar a esperança de vida dos sobreviventes.
Mesmo quando curados, adolescentes e jovens adultos sobreviventes de leucemia têm uma expectativa de vida mais curta do que as pessoas da população em geral, descobriram cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos.
“Precisamos de começar a focar-nos na expectativa de vida a longo prazo e na qualidade de vida dos nossos pacientes. A cura não é suficiente e não pode ser o nosso único objetivo, temos que olhar para além disso”, explicou Michael Roth, um dos investigadores que participaram neste estudo.
“Quando estes pacientes atingem o estágio de sobrevivência, eles podem encontrar efeitos secundários adicionais como resultado do tratamento intensivo, da falta de acesso a cuidados de saúde de qualidade e de outros problemas que podem afetar negativamente a sua saúde e a sua sobrevivência geral”.
A investigação concentrou-se em sobreviventes de leucemia linfoblástica aguda e de leucemia mieloide aguda, duas das leucemias mais comummente diagnosticadas em pessoas com idades entre os 15 e os 39 anos.
Os investigadores analisaram dados de mais de 1900 pacientes com leucemia linfoblástica aguda e de mais de 2300 pacientes com leucemia mieloide aguda – todos os pacientes haviam sido diagnosticados entre 1975 e 2011 e sobreviveram, pelo menos, 5 anos após o tratamento.
A sobrevivência a longo prazo entre estes pacientes melhorou nas últimas décadas, mas a sua taxa de sobrevivência a 10 anos foi cerca de 10% menor do que para adolescentes e jovens adultos na população em geral, de acordo com o estudo.
Os resultados foram publicados na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention.
Fonte: UPI