Um grupo de pesquisadores norte-americanos do Hospital Pediátrico St. Jude alerta que as crianças que sobrevivem a um cancro podem ser mais propensas a sofrer com problemas cardíacos quando se tornam adultos.
A pesquisa publicada na revista Annals of Internal Medicine avaliou dados de quase 1 900 homens e mulheres inicialmente tratados a um cancro infantil naquela unidade hospitalar, com idades entre os 18 e os 60 anos, que foram tratados a um cancro na infância e sujeitos a tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia.
As conclusões revelaram que entre 3% a 24% dos sobreviventes de cancro pediátrico sofriam de doença cardíaca aos 30 anos, números que aumentam para 10% e 37% quando estes atingiam os 40 anos de idade.
Daniel Mulrooney, autor da pesquisa, explica que o estudo aponta para uma associação entre os tratamentos utilizados para tratar o cancro pediátrico e as doenças cardíacas na idade adulta, embora não prove a existência de uma relação causa e efeito.
A equipa indica ainda que alguns tratamentos de quimioterapia, bem como a terapia de radiação direcionada para a região torácica, podem, de facto, aumentar o risco de doença cardíaca, e sublinha que este estudo acrescenta novas evidências sobre os efeitos remanescentes dos tratamentos no desenvolvimento de anomalias cardíacas.
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