A propósito da Conferência Europeia da Childhood Cancer International (CCI), que acontece entre os dias 13 e 15 de abril em Lisboa, a diretora-geral da associação Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, defendeu a criação, em todos os centros oncológicos, de uma consulta de acompanhamento especializado.
Para a associação, e para os sobreviventes de cancro infantil, a criação de consultas “devidamente estruturadas”, seria “muito importante”.
Atualmente, este tipo de consultas apenas estão disponíveis no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa.
“Um dos maiores problemas é que só existe consulta de acompanhamento de sobreviventes devidamente estruturada no IPO de Lisboa”, disse Margarida Cruz à Lusa.
Este assunto surgiu enquanto a diretora geral da associação falava sobre o que iria estar em debate na conferência “Preparar o futuro” da CCI, uma iniciativa que terá a Acreditar como anfitriã.
Se anteriormente, o importante era a sobrevivência dos doentes hoje, e como “felizmente a taxa de cura é bastante elevada, começam a colocar-se as situações das sequelas”.
Margarida Cruz falou ainda da criação de um “passaporte da sobrevivência”, um documento, que forneça informações sobre o tipo de cancro, as sequelas e os alertas sobre o tipo de exames médicos que os pacientes devem fazer.
De acordo com a diretora geral da Acreditar, esta conferência, que irá reunir 120 representantes de organizações europeias e membros da Sociedade Europeia de Oncologia Pediátrica, quer “provocar a discussão à volta do cancro pediátrico e como é que o cancro pediátrico se vai perspetivar no futuro”.
“Vamos falar sobretudo sobre as novas e as velhas necessidades, que não podem ficar esquecidas, e refletir sobre os novos tratamentos e os desafios dos sobreviventes”, disse.
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