Quando Kelley Barnard, uma jogadora de futebol no Liceu de Winchester High School, nos Estados Unidos, foi atingida com a bola no estômago, sentiu que algo não estava bem.
A sua recuperação não foi como as de outras lesões; “isso não é apenas uma lesão de futebol”, pensou a mãe da jovem, na altura com 15 anos. A partir desse momento, Kelley começou a fazer inúmeras visitas a pediatras, até que os exames de sangue trouxeram as piores notícias: a jovem tinha sido diagnosticada com uma leucemia.
Durante dois difíceis anos, Kelley entregou a sua vida aos profissionais de saúde do Boston Children’s Hospital, tendo sido submetida a tratamentos de quimioterapia que a deixaram esgotada.
Durante o processo, longo e debilitante para a jovem, Kelley teve de ser sujeita a quatro cirurgias reconstrutivas nos ossos, devido ao seu consequente amolecimento; “os meus ombros e os meus cotovelos são de titânio”, confessou Kelley.
Um dos grandes confortos da jovem, hoje com 25 anos, foram as enfermeiras; durante os tratamentos, Kelley relembra que foi a dedicação dos profissionais de saúde que a fizeram não perder forças.
“Quando entramos num hospital, esquecemo-nos que existe um mundo lá fora, mas as enfermeiras fizeram-me esquecer que eu estava confinada a quatro paredes”, confessa.
A partir dessa altura, Kelley soube o que queria fazer quando ultrapassasse a doença.
Quando regressou aos estudos, a jovem estava determinada a tornar-se uma enfermeira e a salvar vidas de crianças doentes, tal como as suas enfermeiras tinham feito consigo; uma delas chegou a escrever uma carta de recomendação para a sua ingressão na universidade.
Já curada e licenciada, a jovem trabalha agora no mesmo hospital onde se curou. “Agora faço parte do sistema de suporte dos familiares e das crianças, é esse um dos meus papéis, o de estar sempre presente na vida destas pessoas”, disse Kelley.
Para além de trabalhar como enfermeira, Kelley tornou-se também numa ativista pela cura do cancro infantil, organizando e participando em várias ações de angariação de fundos para a pesquisa sobre a doença.
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