No futuro, uma simples análise de sangue pode detetar a presença de células tumorais ou ADN circulante de neuroblastoma. Esta pode vir a tornar-se uma forma eficaz e não invasiva de controlar as alterações em pacientes que sofrem com um dos tumores mais comuns da infância.
O neuroblastoma é o tumor sólido mais comum em crianças com menos de 5 anos e a idade média de diagnóstico situa-se atualmente nos 2 anos.
Murray Norris, diretor adjunto do Instituto de Cancro Infantil da Austrália, sublinha que esta tecnologia pode “acompanhar um tumor, revelando alterações moleculares sobre a progressão da doença”, algo particularmente importante numa era em que se procura evoluir a medicina personalizada.
Podemos olhar para um futuro onde os testes não-invasivos fornecem aos clínicos “uma janela para a doença, dando mais informações para que possam tomar as melhores decisões sobre os tratamentos”, revelou o especialista.
O médico reforça ainda que “podemos estar alguns anos longe da realidade, porque há ainda desafios técnicos a superar, mas se as 'biópsias líquidas” puderem funcionar, no futuro, poderíamos ter exames de sangue não-invasivos e de rotina para que os pacientes com cancro possam de gerir a sua doença”, uma visão que dirige a medicina personalizada para o cancro infantil.
O tema foi debatido no Congresso de Pesquisa Avançada sobre o Neuroblastoma (ANR2016), que se realizou em junho na Austrália.
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