“Setembro Dourado”: diagnóstico precoce é o principal aliado no tratamento do cancro pediátrico 

O “Setembro Dourado”, mês de sensibilização para o cancro pediátrico, é celebrado durante o mês de setembro em todo o mundo. Este ano, um dos focos centrais consiste em alertar a comunidade para a importância do diagnóstico precoce como principal aliado no tratamento da doença e como fator decisivo na taxa de cura. 

É, por isso, fundamental estar atento aos primeiros sinais e sintomas de cancro nas crianças e jovens, afirmam os especialistas. A médica Adalisa Reinke, oncologista pediátrica e responsável pelo Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital São José de Criciúma, no Brasil, explica que é preciso estar alerta para qualquer alteração que seja percebida como fora do normal nas crianças e jovens e colocar sempre a hipótese de que poderá se alguma doença oncológica. “Quanto antes suspeitarmos, fizermos o diagnóstico e iniciarmos o tratamento, o prognóstico e a sobrevida do paciente será melhor”, afirma a oncologista.

Os sintomas, de acordo com a médica, podem manifestar-se de forma similar às doenças que são comuns durante a infância. Entre eles estão a febre recorrente que não apresenta causa, manchas escuras no corpo, vómitos, dor de cabeça, mudanças de comportamento ou irritabilidade.

Há também outros sintomas mais específicos a ter em atenção. “O retinoblastoma, por exemplo, que ocorre nos olhos, pode manifestar-se através do estrabismo. Às vezes, quando se tira uma fotografia com flash, aparece uma mancha branca no olho. Este é um sinal de alerta e os pais devem procurar o pediatra para avaliar. Dor óssea também é um sinal de alerta, bem como aumento no volume abdominal, nos casos de tumores abdominais na infância, que também são bastante comuns”, explica a especialista. 

O cancro pediátrico pode ocorrer desde o nascimento. “A diferença do cancro pediátrico para os tipos de cancro que ocorrem na idade adulta, está sobretudo no tipo de célula onde se manifesta. Nas crianças, na maioria das vezes, ocorre em células embrionárias. Os tipos mais comuns são as leucemias agudas, que é o tipo de cancro infantil mais comum, seguidas de tumores de sistema nervoso central (que acometem mais as crianças pequenas) e dos linfomas, que afetam mais os adolescentes”, acrescenta a médica. 

Pais e cuidadores devem estar atentos e procurar sempre uma avaliação médica logo que detetem sinais suspeitos. Em caso de existir de facto a doença, quanto mais cedo se inicia o tratamento, maiores serão as probabilidades de cura.

Fonte: OCP News

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