Com apenas 3 anos, Kate Franklin foi diagnosticada com uma leucemia.
Hoje, mais de 20 anos depois, Kate ainda consegue visualizar “os rostos dos profissionais que trataram de mim. Eles foram os meus anjos da guarda”.
Ao fim de 2 anos de tratamento, a sobrevivente saiu do Hospital Infantil de Boston, onde foi submetida a diversas terapias, com uma certeza: ajudar crianças que, tal como ela, foram diagnosticadas com cancro.
“Eu não me lembro das dores, dos tratamentos, do sofrimento. Desses tempos, apenas me recordo daqueles que trataram de mim. Foram essas pessoas que tiveram um impacto enorme na minha vida e são elas que eu quero honrar”.
Atualmente, a jovem está a tirar o curso de medicina. O objetivo? “Especializar-me em oncologia pediátrica”.
Kate quer fazer por muitas famílias aquilo que Loren Walensky, do Hospital Infantil de Boston, fez pela sua.
“Foi um dos casos mais complicados que tive. É muito difícil para um médico entrar num quarto de hospital e dizer aos pais que a sua filha de 3 anos tem leucemia. O caso da Kate marcou-me muito, até porque eu estava no início da minha atividade profissional”, disse Loren.
Ainda hoje, o médico recorda-se da reação da mãe de Kate.
“Foi impressionante. Eu contei-lhes o que se estava a passar e a mãe da Kate aproximou-se de mim, deu-me um abraço e disse-me ‘Doutor, eu tenho a certeza que a minha filha vai sobreviver”. E, ali, naquele dia, convidou-me para o casamento da Kate. Parece bizarro, mas foi uma demonstração de força como eu nunca vi”.
A verdade, é que cerca de 2 anos depois, Kate foi considerada como estando em remissão. Desde aí, a jovem tem estado sempre saudável. Mas isso não significa que tenha ficada afastada do hospital durante muito tempo.
“Quando me perguntavam o que queria ser quando fosse grande, a resposta era logo: ´médica’. Eu sempre soube que era isto que queria fazer. Fui voluntária neste hospital durante 3 verões seguidos, quis conhecer de perto o que se passava nos bastidores. Foi o Dr. Loren quem redigiu a minha carta de recomendação para a entrada na Universidade”.
Para Kate, não há qualquer dúvida de que foi a sua jornada contra o cancro que a levou a ser médica.
“Foi graças a tudo aquilo que eu passei que estou, neste momento, a concretizar o meu sonho. Finalmente conquistei tudo aquilo que queria e estou a trabalhar no mesmo hospital onde fui curada”.
Os elogios para os seus colegas são mais do que muitos: “é maravilhoso trabalhar de perto com estas pessoas tão especiais, que se preocupam com o bem-estar de todas estas crianças”, diz.
Fonte: WYMT