“Sei que o futuro vai ser bom”: a história do pequeno Caleb

Caleb tinha 5 anos quando começou a queixar-se de dores nas pernas.

Nos primeiros dias, Naomi, a sua mãe, achou que eram dores de crescimento – “na idade dele, isso não é incomum. E mesmo o pediatra do Caleb descredibilizou os sintomas do meu filho”.

Na altura, a pandemia da COVID-19 tinha acabado de começar, e os pais eram aconselhados a esperar e garantir que a condição fosse séria antes de levar os filhos aos médicos.

Mas houve uma noite, durante um jantar de família, que Naomi percebeu que havia algo de errado, que as dores de Caleb não eram “simples dores de crescimento”.

“O prato preferido do Caleb é lasagna. Ele adora. E naquela noite, ele não deu sequer duas garfadas. Não queria comer. Dizia que estava mal disposto, enjoado…. Disse-lhe que se podia ir deitar e que ia ficar tudo bem, mas nessa noite vi o meu filho a chorar de dores. E isso nunca tinha acontecido, porque ele tem uma alta tolerância à dor. Naquela noite soube que algo de grave se passava com ele”.

Contra as indicações do pediatra, Naomi decidiu que tinha de ir ao hospital.

“Lembro-me de pegar no meu filho e dirigir-me até às urgências do Nemours Children’s Hospital. Foi uma viagem horrível, porque a cada segundo vinha-me à ideia uma doença diferente. Eu tenho 7 filhos, com idades entre os 3 os 13 anos, sei bem quais as doenças que costumam fustigar as crianças. E, a verdade, é que o cancro nunca me passou pela cabeça”.

Mal chegaram ao Nemours Children’s Hospital, Caleb imediamente levado para uma sala de observação.

“Os médicos perceberam as dores excruciantes que o meu filho estava a sentir e quiseram que ele fosse examinado o mais rápido possível”.

E depois, começaram a chegar as más notícias.

“Por volta da 1 hora da manhã, uma médica veio ter connosco. Tenho pena de não me lembrar do nome dela, porque ela foi tao gentil connosco. Mas ali, eu pude ver nos olhos dela que algo de grave estava a acontecer. Ela explicou-nos que os exames eram algo inconclusivos, mas que eles tinham suspeitas e que queriam fazer mais exames. Algumas horas depois, pediram-me para ligar ao meu marido, porque um outro médico queria falar connosco. Foi nesse momento que eu soube que a nossa vida ia mudar completamente”.

Quando o pai de Caleb chegou, ele e Naomi foram levados até uma sala.

“Foi ali que conhecemos o Dr. White, que nos explicou os exames feitos ao Caleb tinham detetado sinais indicadores de leucemia. E a calma daquele homem tranquilizou-me tanto, a sua compaixão era tanta, que lhe perguntei logo se ele podia ser o médico do meu filho”.

A resposta foi negativa, mas Dr. White tranquilizou Naomi, dizendo que Caleb estaria em ótimas mãos, uma vez que a equipa do Nemours Children’s Hospital era incrível.

E assim começou a jornada do pequeno Caleb.

“E ao longo deste tempo, realmente percebemos o quão aquela frase era verdadeira. A equipa de oncologia pediátrica do Nemours Children’s Hospital está muito acima das melhores do país. Eu não me importo com o que as estatísticas dizem, se este hospital é ou não o melhor classificado, a verdade é que eu não podia ter escolhido outro lugar senão este para cuidar do nosso filho. Eles colocam sempre as pessoas acima dos protocolos”, diz Naomi.

Naomi explica que, a maioria dos tipos de cancro infantil, especialmente certos tipos de leucemia, seguem alguns protocolos em vigor, e que conheceu muitas famílias que dizem que os seus médicos seguem esses protocolos à risca, como foram ensinados na escola, sem olharem para o paciente.

“A equipa do Nemours Children’s Hospital olhou para o meu filho como um indivíduo. Eles personalizaram os cuidados para atender às suas necessidades e condições específicas de evolução dia a dia. Eles adaptaram todos os aspetos possíveis para garantir que o Caleb sobreviveria e prosperaria nesta terrível luta”.

Embora essa luta tenha trazido inúmeros desafios, Naomi e a sua família fizeram tudo o que puderam para se concentrar nas coisas boas. Por exemplo, a irmã mais nova de Caleb comemorou o seu primeiro aniversário no quarto do hospital do irmão, enfeitado de propósito para aquela celebração.

“Ainda temos um longo caminho para percorrer, muitos tratamentos para fazer, mas o apoio que temos tido tem-nos ajudado a lutar. Sei que o futuro vai ser bom”.

Fonte: Delaware Today

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