Ryan, o sobrevivente que desafiou “todas as probabilidades”

Um adolescente britânico conseguiu superar as piores expetativas e ultrapassar o “pior caso de cancro” que o seu médico alguma vez tinha tratado.

Ryan Savage, assim se chama o rapaz, hoje com 13 anos, tinha apenas 3 anos quando os médicos alertaram os seus pais de que ele poderia ter menos de 2 meses de vida. Após uma ressonância magnética em outubro de 2009, a criança foi diagnosticada com neuroblastoma de alto risco.

A família Savage: Lisa, Ryan e Tim. – Fonte: DR

O exame tinha encontrado um tumor em volta da coluna de Ryan, e os médicos disseram aos seus pais que o menino tinha apenas 5% de probabilidade de sobreviver.

Após o diagnóstico, Ryan foi submetido, durante 1 ano, a agressivos tratamentos, incluindo quimioterapia e cirurgia de remoção de tumores.

“O nosso mundo ficou virado de pernas para o ar. Nunca tínhamos sequer ouvido a palavra ‘neuroblastoma’ e, de repente, aquela mesma palavra podia tirar a vida ao nosso filho”, recorda Lisa, a mãe de Ryan.

O jovem entrou em remissão, mas 2 anos depois, durante uma consulta de acompanhamento, os médicos descobriram um tumor no peito de Ryan.

“Foi horrível. O médico disse-nos que nunca tinha visto nada assim. Voltámos a ficar sem chão. Estava tudo a correr tão bem e, mais uma vez, somos confrontados com a possibilidade de perder o Ryan”.

Ryan tinha apenas 5% de probabilidade de sobreviver. – Fonte: DR

O jovem voltou a dar a volta às probabilidades, e depois de anos de tratamento, recebeu a notícia de que já não tinha sinais de cancro no seu corpo.

Atualmente, Ryan participa em várias ações de cariz social para ajudar crianças com cancro.

“O Natal é uma época especial para nós. É uma lembrança de que temos de agradecer por mais um ano que podemos passar com o Ryan. Poder vê-lo crescer e ajudar outras crianças é um orgulho enorme”.

Este ano, Ryan está empenhado em ajudar a campanha de Natal da Neuroblastoma UK, uma organização que apoia crianças e famílias afetadas pela doença, para além de ajudar na investigação sobre o neuroblastoma.

Esta campanha em específico, denominada #GiveHope, pretende angariar dinheiro para projetos de pesquisa que visem oferecer tratamentos novos, mais eficazes e com menos efeitos secundários para crianças com neuroblastoma.

É necessário mais financiamento para investir na pesquisa. Precisamos de dar às famílias mais esperança. Por ter vivido tudo aquilo que o Ryan passou, dói-me muito pensar em todas as crianças que estão a lutar contra o neuroblastoma, principalmente nesta época natalícia”, diz Lisa.

Para Katherine Mobey, da Neuroblastoma UK, ao “financiar pesquisas vitais, podemos ajudar os cientistas a procurar novos tratamentos, que beneficiem as crianças com neuroblastoma e que as ajudem a ter uma melhor qualidade de vida após o tratamento”.

A história de Ryan já lhe valeu um prémio pela sua coragem. – Fonte: DR

“Não é por ser meu filho”, revela Lisa, a sorrir, “mas o Ryan é um herói. Ele é o meu guerreiro, o meu sobrevivente e a minha inspiração. Não sabemos o que o futuro nos reserva, mas ele já mostrou que consegue ultrapassar todas as adversidades”.

Fonte: The Mirror

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