Um especialista do Instituto Médico Howard Hughes, nos Estados Unidos, acredita que a cura do cancro tem sido um projecto difícil de concretizar graças à existência das proteínas resistentes a fármacos, denominadas por “proteínas undruggable”.
As proteínas a que o especialista Brent Stockwel se refere representam 85% do total de proteínas no corpo humano que não permitem os tratamentos com medicamentos tradicionais, factor que coloca em causa o tratamento de doenças graves, como o cancro e doenças neurodegenerativas.
Stockwell explica que algumas das proteínas associadas a doenças neurodegenerativas ou cancro têm superfícies lisas e planas que não permitem a acçao terapêutica dos medicamentos, sublinhando que os mais de 20 mil fármacos aprovados pela agência norte-americana que regula o medicamento (FDA) apenas conseguem interagir com 2% das proteínas existentes nas células humanas.
O investigador lembra que cada tumor tem um conjunto específico de mutação, mas sublinha que as células podem sofrer uma acumulação de mutações-chave, o que torna tão difícil o combate à doença.
O seu estudo tem sido centrado numa forma de superar este problema, sobretudo no que toca à quimioterapia, tornando estas proteínas resistentes a fármacos num alvo terapêutico.
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