O risco de cardiomiopatia a longo prazo em sobreviventes de cancro infantil varia de acordo com o agente quimioterápico utilizado durante o tratamento.
Segundo um estudo publicado na revista JAMA Oncology, crianças que tenham feito tratamento com o fármaco daunorrubicina têm menos probabilidade de desenvolver cardiomiopatia a longo prazo do que pacientes que fizeram tratamento quimioterápico com o fármaco doxorrubicina.
A investigação, realizada pelo Hospital Infantil Emma, na Holanda, acompanhou mais de 28 mil participantes que haviam sobrevivido a um cancro infantil há cinco, ou mais, anos.
Dos 28 423 sobreviventes analisados, 9 330 receberam doxorrubicina, 4 433 receberam daunorrubicina, 342 receberam epirrubicina, 241 receberam idarrubicina e 265 receberam mitoxantrona.
Os investigadores observaram 399 casos de cardiomiopatia após um acompanhamento médio de 20 anos.
As razões de equivalência foram 0,6, 0,8 e 10,5 para daunorrubicina, epirrubicina e mitoxantrona em relação à doxorrubicina.
“As razões de equivalência de cardiotoxicidade determinadas no presente estudo para os agentes de tratamento de cancro mais comummente usados podem influenciar a escolha dos agentes ao projetar novos protocolos”, afirmaram os autores.
Fonte: Medical Xpress