As XXVII Jornadas Internacionais de Oftalmologia de Coimbra acolheram recentemente cerca de 30 especialistas nacionais e internacionais que estiveram reunidos ao longo de dois dias, para discutirem novas técnicas e tratamentos da área da onco-oftalmologia e da medicina regenerativa ocular.
Joaquim Murta, diretor do Centro de Responsabilidade Integrado de Oftalmologia de Coimbra (CRIO), explicou que o evento foi dedicado à oncologia e medicina regenerativa ocular, onde os participantes tiveram a oportunidade de partilhar os seus trabalhos ao longo do último ano e meio e discutir novas técnicas e tratamentos.
As jornadas contaram com a participação de especialistas nacionais, bem como de Espanha, Brasil, Venezuela e Canadá.
O especialista recorda que o Centro de Responsabilidade Integrado de Oftalmologia de Coimbra (CRIO) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) foi reconhecido, em 2015, como o único Centro de Referência Nacional para Onco-Oftalmologia, sendo responsável, desde então, pelo tratamento de tumores oculares: melanomas oculares e retinoblastomas, este último um tipo de cancro ocular que afeta as crianças.
“Todos os doentes portugueses com tumores oculares são tratados em Coimbra e já não precisam de ir ao estrangeiro como outrora. Tratamos ainda muitos outros doentes oriundos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)”, explicou o médico.
O CRIO é ainda especializado no uso de terapias regenerativas da córnea e superfície ocular, que permitem a recuperação de visão em doentes que outrora estavam condenados à cegueira.
Até outubro, a unidade irá colocar em funcionamento um espaço para garantir a transplantação de tecidos oculares e “realizar tratamentos inovadores evitando, mais uma vez, a deslocação dos doentes para o estrangeiro”.
Joaquim Murta concluiu ainda que durante esta semana ficará definido se a sala ficará localizada no CHUC ou na Faculdade de Medicina.
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