Um relatório de avaliação do Ministério da Saúde realizado em 31 unidades de saúde nacionais remete Portugal para um lugar de destaque “a nível internacional”, relativamente aos reinternamentos a 30 dias.
Na linha da frente de maior eficiência surge o Hospital de Braga, com uma taxa de reinternamentos de 5,04% no espaço de um mês, seguido dos Institutos Portugueses de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa e Porto, com 11,5% e 13,18%, respetivamente.
O documento refere ainda que, em seis hospitais públicos, um em cada dez doentes teve de ser sujeito a novo internamento, num prazo inferior a 30 dias após ter tido alta.
Com exceção para alguns “casos isolados” onde se prevê a necessidade de criar programas locais específicos, no que respeita às cirurgias em ambulatório, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) considera que a maioria das instituições “garante uma taxa aceitável, denotando o esforço de reconversão dos serviços cirúrgicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
O Centro Hospitalar da Cova da Beira e o IPO de Coimbra surgem entre as unidades com menor percentagem de cirurgia em ambulatório, com taxas de 25,9% e 11,2%, respetivamente, valor que contrasta com os restantes serviços que apresentam mais de 50% de cirurgias em ambulatório.
Este procedimento surge, em todos os aspetos, como uma mais valia, não só ao nível de custos, como pelo facto de beneficiar diretamente o doente, permitindo a sua recuperação em casa, junto da família, possibilitando também uma menor prevalência de infeções hospitalares.
A gestão de camas para internamento é outra das preocupações da ACSS, que defende a necessidade de “otimizar” este recurso, a fim de assegurar uma taxa de ocupação entre os 75% e os 85%, objetivo que ficou por cumprir em 14 das 31 unidades avaliadas.
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