As taxas de sobrevivência para crianças com cancro aumentaram 9% desde 2001 em Inglaterra, de acordo com dados revelados pelo Office for National Statistics.
Estima-se que 86% das crianças com até 14 anos diagnosticadas com cancro em 2018 terão uma sobrevida a 5 anos, em comparação com 77% em 2001.
Os dados também revelaram que, em 2018, a taxa de sobrevivência a 1 ano será de 94%, em comparação com 90% em 2001.
O cancro infantil representa 0,5% dos novos diagnósticos de cancro em 2017, sendo que as formas mais comuns são a leucemia e o cancro cerebral.
“Graças à pesquisa financiada por instituições de caridade, como a nossa, conseguimos fazer um enorme progresso no tratamento do cancro infantil nos últimos 30 anos”, disse uma porta-voz da Children with Cancer UK.
Clare Laxton, do CLIC Sargent, uma das principais instituições de caridade do Reino Unido para crianças, jovens e suas famílias, cujas equipas de atendimento fornecem apoio especializado, garantiu que o aumento nas taxas de sobrevivência e de cura se devem a melhores tratamentos.
“É fantástico ver que cada vez mais crianças sobrevivem ao cancro. Mas é importante lembrar que ainda há muito trabalho a ser feito porque, para alguns tipos de cancro infantil, incluindo tumores ósseos e cerebrais, as taxas de sobrevivência ainda permanecem relativamente baixas”, disse a investigadora Aine McCarthy.
Cerca de 240 crianças com menos de 15 anos morrem, todos os anos, de cancro no Reino Unido; os que sobrevivem experienciam, muitas vezes, efeitos secundários a longo prazo decorrentes do tratamento.
Nestes últimos anos têm existido avanços muito importantes, nomeadamente a aprovação da terapia CAR-T e desenvolvimentos na redução da perda auditiva após o tratamento.
Recentemente, a Cancer Research UK anunciou que iria investir num grande projeto de pesquisa internacional que visa descobrir novos alvos para tumores cerebrais em crianças.
“Ao financiar pesquisas como esta esperamos desenvolver novos tratamentos e antecipar o dia em que todas as crianças sobrevivam ao cancro com uma boa qualidade de vida”, disse um porta-voz da organização.
Fonte: Mirror UK