Reduzir radiação em exames pediátricos diminui risco de cancro cerebral e leucemia

Um estudo da Escola Superior de Tecnologia e Saúde de Coimbra (ESTeSC) aponta que a redução de radiação nos exames pediátricos de tomografia computorizada permite reduzir o risco de carcinoma cerebral ou leucemia nas crianças em cerca de 24%.
A pesquisa “Otimização dos níveis de dose em Tomografia Computorizada (TC) pediátrica”, apresentada recentemente em livro, foi levado a cabo com a finalidade de alertar os profissionais e “implementar novas práticas nos exames de radiologia e diminuir o risco associado à radiação a que as crianças estão expostas quando necessitam de realizar exames de TC”.
Em comunicado, a ESTeSC reforça que a pesquisa levada a cabo pela docente Joana Santos estabelece os níveis de referência de diagnóstico e a otimização dos valores de dose de radiação nos exames pediátricos em Portugal.
Joana Santos sublinha que “na última década, o uso da TC pediátrica aumentou consideravelmente”, expondo as crianças a “parâmetros de exposição semelhantes aos de adultos”.
A docente reforça que os efeitos da exposição à radiação assumem maior proporção nas crianças e acrescenta que existem estudos que “apontam no sentido de uma Tomografia Computorizada crânio-encefálica aumentar três a quatro vezes a probabilidade da criança vir a desenvolver um carcinoma cerebral ou uma leucemia”.
A pesquisa teve por base os valores de dose em TC pediátrica utilizados nos três centros de referência pediátrica do país: Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e no Centro Hospitalar São João.
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