A Rede Nacional de Bancos de Tumores (RNBT) foi oficialmente lançada na passada quinta-feira, 12 de dezembro, durante uma reunião que teve lugar no Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa (IPO de Lisboa).
Criada em julho deste ano, a rede agrega informação de seis bancos de tumores do país, entre os quais dois no Porto, no Hospital de São João e Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO do Porto); um em Coimbra, no Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra; um em Almada, no Hospital Garcia de Orta, e dois em Lisboa, no Hospital de Santa Maria e IPO de Lisboa. Ao todo, contabilizam-se já 21 mil amostras.
O lançamento oficial da RNBT surgiu por indicação da DGS, através do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas e do Conselho Nacional Executivo da Rede Nacional de Bancos de Tumores, e a mesma foi criada com a finalidade de uniformizar as condições de colheita, processamento e arquivo de material biológico e facilitar a participação de Portugal em consórcios internacionais, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A DGS caracteriza a RNBT como um agregador de bancos de tumores, que se assumem como um tipo particular de biobanco que recolhe amostras de tumores (neoplasias), podendo conter tecidos não-neoplásicos. As amostras disponíveis nos bancos de tumores podem conter fragmentos, células e/ou líquidos, ou seus derivados (ADN, RNA, proteínas), independentemente do tipo de preservação utilizado para as amostras biológicas (fixação, inclusão em parafina, congelação).
A rede visa criar condições para que os bancos de tumores que dela fazem parte possam disponibilizar, sem fins lucrativos, o material armazenado a grupos de investigação das próprias instituições ou externos às mesmas.
O consórcio terá ainda como vantagens a possibilidade de apoiar o desenvolvimento de outros bancos de tumores em rede e de consolidar os já existentes, através da coordenação e articulação das suas atividades, ao nível institucional e nacional; de assegurar a harmonização das condições de instalação e funcionamento dos diversos bancos de tumores; bem como de criar instrumentos operacionais para o funcionamento adequado da RNBT e condições para a aprovação de um consentimento informado único para a colheita de amostras para bancos de tumores.
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