Uma equipa do Hospital Infantil de Boston e do Instituto de Cancro Dana-Farber, nos Estados Unidos, assegura que as alterações na estrutura do ADN são actualmente o entrave no combate à leucemia infantil, mas um novo estudo identificou recentemente um “ponto fraco” de um gene envolvido na formação da leucemia de linhagem mista (MLL), que se pode assumir como um novo alvo terapêutico.
Foi também identificada uma nova substância, a molécula EPZ004777, capaz de inibir a enzima Dot1l, que desempenha um papel crucial no desenvolvimento e crescimento das células cancerígenas da leucemia. O composto mostrou-se efectivo na reversão do processo de rearranjo no referido gene MLL, o que permite travar a progressão das células tumorais.
Numa publicação da revista Cancer Cell, os pesquisadores explicam que a molécula em causa foi testada e revelou resultados positivos ao fim de duas semanas, não só eliminando as células da leucemia, mas também aumentando a taxa de sobrevivência dos doentes oncológicos.
Estes dois estudos são, desta forma, casos de sucesso no combate a este tipo de leucemia. Recorde-se que, ao contrário da eficácia já comprovada das actuais terapias de combate à leucemia infantil, que garantem uma taxa de sucesso de tratamento na ordem dos 80% a 90%, as terapêuticas de tratamento de leucemias geradas por rearranjos do gene MLL, geralmente devastadoras, não vão além dos 50%.
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