Aos 11 anos, a rotina de Kelly de Almeida é muito diferente da rotina de outras crianças. Esta menina brasileira precisa de dividir o seu tempo entre a escola e as sessões de quimioterapia; isto porque, há cerca de 5 meses, Kelly foi diagnosticada com leucemia.
Mas, nos últimos dias, a rotina hospitalar da menina ganhou outra vida, pois, graças a uma nova iniciativa, a jovem pôde experimentar realidade virtual e visitar lugares incríveis, sem nunca sair do hospital.
A realidade virtual é conhecida por imergir o utilizador num cenário totalmente virtual, que permite ter uma visão 360 graus do ambiente, por meio do uso de uns óculos apropriados para isso.
Graças à realidade virtual, Kelly conseguiu saltar de paraquedas, esquiar, experienciar um safari em África, andar numa montanha russa, entre outros.
“É muito giro estar num sítio e poder ver outro. Nunca tinha feito uma coisa destas”, revela a jovem, que adorou particularmente andar de montanha russa.
Além de Kelly, muitas outras crianças em tratamento contra o cancro no Hospital GRAACC -uma instituição brasileira de referência no tratamento e pesquisa do cancro infantil – já se aventuraram nesta tecnologia graças a um projeto social chamado Alegria Virtual.
Idealizado pelo empreendedor Fábio Costa, CEO da Agência Casa Mais, especializada em realidade virtual, o projeto consiste em levar a tecnologia como forma de terapia para ambientes hospitalares.
“A realidade virtual pode transformar o dia a dia destas crianças, levá-las para o mundo dos sonhos”, disse Fábio Costa, que acredita que esta iniciativa “dá esperança às crianças, traz-lhes de volta o prazer pela vida e a energia para continuar a sua jornada”.
Carlota Blassioli, oncologista pediátrica do Hospital GRAACC, afirma que a realidade virtual ajuda as crianças a passarem pela rotina hospitalar com uma maior tranquilidade.
Segundo a médica, esta tecnologia ajuda os pequenos pacientes a combater o stress e a ansiedade.
“Os pacientes do GRAACC adoram a experiência, toda a gente quer participar”, diz a médica, que afirma ainda que este tipo de tecnologia pode vir a ser um grande aliado da medicina em centros de reabilitação motora, por exemplo.
Fonte: ABC do ABC