Um estudo recente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) conclui que a maioria dos jovens com idades entre os 15 e os 30 anos desconhece a existência de rastreios contra o cancro.
A SPO sublinha que os dados obtidos apontam para uma realidade “preocupante” dado que, além do rastreio ao cancro da mama, conhecido por 77% da população inquirida, outros rastreios são pouco conhecidos, como o do colo do útero (34%) e cancro da próstata (32%).
O inquérito foi promovido pela SPO no âmbito do seu simpósio nacional que teve lugar na Figueira da Foz, dedicado ao tema “Reflexões para o Futuro” e revela que a colonoscopia, que é usada no rastreio do cancro colorretal, só era conhecida por 12% dos jovens inquiridos.
Quanto à perceção sobre a doença, “a maioria dos jovens portugueses define corretamente o cancro (75%) e 93% não consideram que o diagnóstico de cancro seja sempre uma sentença de morte, enquanto 69% acreditam que o cancro pode ser prevenido”, indica o estudo.
Gabriela Sousa, presidente da SPO, considera que “a falta de conhecimento sobre rastreios é preocupante, uma vez que estes são fundamentais para detetar precocemente o cancro, ainda antes do aparecimento dos primeiros sintomas”.
A grande maioria dos jovens portugueses (81%) considera ainda que o cancro tem cura. “Sabemos que quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores são as probabilidades de cura. Os programas de rastreio organizado não têm ainda uma cobertura nacional de 100%, mas é importante que os jovens de hoje, adultos de amanhã, reconheçam aqueles que existem, para potenciar a adesão”, refere Gabriela Sousa.
O inquérito foi realizado a 254 jovens com idades entre os 15 e os 30 anos, residentes em Portugal continental.
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