A eficácia das atuais opções de tratamento oncológico disponíveis, que têm garantido a sobrevivência de muitos pacientes diagnosticados com cancro em idade pediátrica, tem levado muitos especialistas a desviarem a sua atenção sobre a qualidade de vida que é possível conferir aos sobreviventes, nomeadamente no que concerne à fertilidade.
Os tratamentos de quimioterapia, radioterapia e cirurgia, podem aumentar o risco de infertilidade nos doentes oncológicos, questões que devem ser avaliadas desde cedo, mesmo em crianças, e que graças aos grandes avanços no campo da preservação da fertilidade, devem ser consideradas antes do início dos tratamentos.
Um relatório recente do Núcleo de Pesquisa em Métodos do Centro Oncológico Moffitt, na Florida, Estados Unidos, centrou a sua avaliação na opinião e práticas dos especialistas em oncologia no que toca às opções de preservação da fertilidade e padrões de referência, explica um artigo publicado na revista Radiation Oncology, da Sociedade Americana de Oncologia (ASTRO).
As principais conclusões sugerem que os radioterapeutas são os especialistas que procuram mais frequentemente debater os riscos com os seus pacientes (cerca de 83%).
Os autores do estudo referem que os radioterapeutas assumem, muitas vezes, um papel importante na comunicação das opções de preservação da fertilidade, facto que é facilitado pela interação diária que mantêm com os seus pacientes.
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